A composição do magma, em quase todas as câmaras magmáticas, varia ao longo do tempo. O processo que causa essa variação é a diferenciação magmática. Um dos processos envolvidos na diferenciação magmática é a cristalização fraccionada. Quando o magma arrefece, minerais diferentes começam a cristalizar a temperaturas diferentes, numa sequência definida que depende da pressão e da composição do material fundido. A fracção cristalina separa-se do restante líquido, por diferenças de densidade ou efeito da pressão, deixando um magma residual diferente do magma original. Assim, um mesmo magma original pode vir a formar rochas diferentes.
No início do século XX, Bowen conduziu uma série de experiências que determinaram a sequência pela qual os minerais cristalizam num magma em arrefecimento. Essa sequência ficou conhecida como Série Reaccional de Bowen.
A figura seguinte representa a Série Reaccional de Bowen.
Bowen demonstrou que, num magma em arrefecimento, certos minerais são estáveis a temperaturas mais altas e cristalizam antes dos outros, que são estáveis a temperaturas mais baixas. A Série Reaccional de Bowen tem dois ramos – um ramo descontínuo e um ramo contínuo. A cristalização ocorre nos dois ramos ao mesmo tempo.
No ramo descontínuo, à medida que se verifica o arrefecimento, o mineral anteriormente formado reage com o magma residual dando origem a um mineral com uma composição química e uma estrutura diferente, e que é estável nas novas condições de temperatura.
No ramo contínuo, que contém apenas plagioclase, verifica-se uma alteração nos iões da plagioclase, sem que ocorra alteração da estrutura interna dos minerais.
Trabalho elaborado por: Alexandra Amaral, nº1
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