sábado, 24 de março de 2012

Estratigrafia

Rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra

As rochas sedimentares são, normalmente, estratificadas e contêm a maioria dos fósseis.

A estratificação reflecte as alterações que ocorreram na Terra e os fósseis contam a história
 da evolução da Vida e dão informações acerca dos ambientes do passado.

Fósseis

Um dos principais elementos para o estudo do passado da Terra são os fósseis. Eles são restos de seres vivos ou simples vestígios da sua atividade contidos nos estratos das rochas sedimentares e contemporâneos da sua deposição. Em regra, as partes duras dos seres vivos são de mais difícil decomposição, tendo assim maior possibilidade de ficar conservadas nos estratos sedimentares. Fossilização é o processo que conduz à conservação dos vestígios dos seres vivos nas rochas sedimentares. Entre os diversos processos de fossilização destacam-se:

Mumificação – os organismos são conservados inteiros e sem alterações, quando são envolvidos por um meio isolante que evita o contacto com o oxigénio (o âmbar – resina, o gelo ou o alcatrão) (Fig 1).

Moldagem – o organismo ou alguma parte do seu corpo imprime um molde nos sedimentos que o envolvem. Muitas vezes, o organismo desaparece e apenas resiste o molde.

Mineralização – as partes duras podem, em determinadas  circunstâncias, ser preenchidas por minerais transportados em solução que substituem a matéria orgânica, mantendo inalterada a estrutura e a forma do órgão (Fig 2). 

Marcas fósseis – vestígios da atividade dos animais, pegadas, marcas de reptação, ninhos, fezes, entre outros (Fig 3).




Datação Relativa

Numa sequência de estratos, é possível proceder à sua datação relativa, ou seja, à determinação da ordem cronológica da sua formação. Dessa forma, é possível definir um sequência estratigráfica, que representa um registo cronológico da história geológica de dada região. A datação relativa é feita através do recurso a princípios da estratigrafia.

Principio da sobreposição – os estratos da base são mais antigos que os estratos do topo.

Principio da continuidade lateral – se as sequências de deposição forem semelhantes é possível relacionar estratos idênticos de dois locais.

Principio da identidade paleontológica – estratos com os mesmo fósseis, têm a mesma idade.

Principio da horizontalidade – todos os estratos têm uma posição inicial horizontal.

Principio da inclusão – os fragmentos de rocha incorporados num dado estrato são mais antigos que o estrato.

Principio da interseção – um falha/filão é mais recente que os estratos atravessados.


Trabalho elaborado por: Alexandra Amaral, nº1

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