sábado, 24 de março de 2012

Magmatismo 1

Diferenciação Magmática

A composição do magma, em quase todas as câmaras magmáticas, varia ao longo do tempo. O processo que causa essa variação é a diferenciação magmática. Um dos processos envolvidos na diferenciação magmática é a cristalização fraccionada. Quando o magma arrefece, minerais diferentes começam a cristalizar a temperaturas diferentes, numa sequência definida que depende da pressão e da composição do material fundido. A fracção cristalina separa-se do restante líquido, por diferenças de densidade ou efeito da pressão, deixando um magma residual diferente do magma original. Assim, um mesmo magma original pode vir a formar rochas diferentes.

No início do século XX, Bowen conduziu uma série de experiências que determinaram a sequência pela qual os minerais cristalizam num magma em arrefecimento. Essa sequência ficou conhecida como Série Reaccional de Bowen.

A figura seguinte representa a Série Reaccional de Bowen.


Bowen demonstrou que, num magma em arrefecimento, certos minerais são estáveis a temperaturas mais altas e cristalizam antes dos outros, que são estáveis a temperaturas mais baixas. A Série Reaccional de Bowen tem dois ramos – um ramo descontínuo e um ramo contínuo. A cristalização ocorre nos dois ramos ao mesmo tempo.
No ramo descontínuo, à medida que se verifica o arrefecimento, o mineral anteriormente formado reage com o magma residual dando origem a um mineral com uma composição química e uma estrutura diferente, e que é estável nas novas condições de temperatura.
No ramo contínuo, que contém apenas plagioclase, verifica-se uma alteração nos iões da plagioclase, sem que ocorra alteração da estrutura interna dos minerais.
Trabalho elaborado por: Alexandra Amaral, nº1

Magmatismo

Rochas Magmáticas

As rochas magmáticas são as que resultam da solidificação ou cristalização de material em fusão. Este material - magma - é mistura complexa de materiais rochosos fundidos, de composição essencialmente silicatada e com uma componente gasosa variável. Formam-se no inteior da Terra, em regiões onde a temperatura atinge valores compreendidos entre os 800ºC e os 1500ºC.
Apesar da grande diversidade das rochas magmáticas, os magmas que as originam podem ser enquadrados em três tipos, definidos em função do seu teor em sílica.


Magma básico (magma basáltico) - é um magma fluído e com temperaturas entre 900ºC e 1200ºC. Este magma associa-se aos limites divergentes e pontos quentes.

Magma ácido (magma riolítico) - é um magma viscoso e com temperatura abaixo de 850ºC. Este magma associa-se a limites convergentes entre placa continental/continental.
Magma intermédio (magma andesítico) - é um magma com características intermédias entre o básico e o ácido. Este magma associa-se a limites convergentes entre placas oceânica/oceânica e oceânica/continental.


Trabalho Elaborado por: Alexandra Amaral, nº1

Fossilização



O Processo De Fossilização

O processo parece ser simples, mas é um pouco complexo.
Quando um organismo morre, inicialmente ele é decomposto pelas bactérias e fungos que degradam a matéria orgânica. Depois disto, o organismo pode ser imediatamente soterrado ou passar por uma série de processos – desarticulação, transporte – e só depois ser soterrado. Esse soterramento irá acontecer quando a água, ou outro agente, transportar o sedimento que irá recobrir o organismo. Depois de soterrado, o organismo irá passar por um processo chamado de diagênese, que consiste na compactação (pelo peso do sedimento) e na cimentação (o sedimento depositado sobre o organismo ou por dentro dele, através de processos químicos, se aglomera e passa a formar uma rocha sedimentar). Nestas condições, esse organismo agora pode ser considerado um fóssil. O movimento das placas tectônicas permite que uma rocha, que antes foi um fundo de mar, por exemplo, seja erguida acima da superfície e fique exposta. Nesta rocha exposta é que o paleontólogo vai procurar pelos fósseis. 




Esquema representando o processo de fossilização.
 Atualizado em
Fóssil de Xiaotingia zhengi, na China. AP
O Archaeopteryx foi classificado como ave após o lançamento de A Origem das Espécies de Darwin








 descoberta de um fóssil na China fez cair por terra uma velha teoria sobre o Archaeopteryx, espécie considerada elo de ligação entre os dinossauros e os pássaros. Segundo o estudo divulgado pela revista Nature, o ancestral das aves faria parte do primeiro grupo.
A razão da reviravolta é um fóssil encontrado na região de Liaoning, na China, batizado de Xiaotingia zhengi. Acredita-se que o animal viveu no período jurássico, entre 145 e 160 milhões de anos atrás.
Segundo a revista, “o Archaeopteryx tem sido colocado na base da árvore de evolução dos pássaros. Ele tem características que o ajudam a ser definido como um pássaro, como braços longos e robustos (equivalente às asas)”.
Porém, análise do Instituto Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequi, liderada pelo cientista Xing Xu, mostrou que o Xiaotingia está mais próximo de dinossauros como o Velociraptor e o Microraptor do que de pássaros primitivos.
Logo, os cientistas chineses classificaram o Xiaotingia no grupo Deinonychosauria, de dinossauros, e não no Avialae, que reúne aves.
Segundo os chineses, as características que os levaram a fazer a troca foi a constatação de que o Xiaotingia possuia focinho menor e uma expansão da região que fica atrás da cavidade ocular, marcas encontradas no Microraptor, mas não nas aves do grupo Avialae.

Darwin
Descoberto em 1861, pouco tempo depois da publicação de A Origem das Espécies, de Charles Darwin, que revolucionou a paleontologia, o fóssil do Archaeopteryx não demorou para ser classificado como o “elo perdido” entre os pássaros e os dinossauros.
Para o cientista chinês, “ a classificação do Archaeopteryx foi resultado tanto da história quando da escassez de material mostrando a transição de dinossauros para pássaros”.
Para o paleontólogo da Universidade de Ohio Lawrence Witmer, o “Archaeopteryx era considerado uma ave porque tinha penas e nenhum outro tinha. Depois, em outros animais, dedos, mãos e penas passaram a ser descobertos”, diz, explicando a mudança de referencial para considerarem um animal ave ou não.
Para Thomas Holtz, da Universidade de Maryland, ainda não há palavra final sobre o assunto, já que novas descobertas podem levar a outras conclusões.

Trabalho elaborado por:
Beatriz Melo
O processo de fossilização dura milhares de anos.
 28 de julho, 2011 - 07:12 (Brasília) 10:12 GMT

Estratigrafia

Rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra

As rochas sedimentares são, normalmente, estratificadas e contêm a maioria dos fósseis.

A estratificação reflecte as alterações que ocorreram na Terra e os fósseis contam a história
 da evolução da Vida e dão informações acerca dos ambientes do passado.

Fósseis

Um dos principais elementos para o estudo do passado da Terra são os fósseis. Eles são restos de seres vivos ou simples vestígios da sua atividade contidos nos estratos das rochas sedimentares e contemporâneos da sua deposição. Em regra, as partes duras dos seres vivos são de mais difícil decomposição, tendo assim maior possibilidade de ficar conservadas nos estratos sedimentares. Fossilização é o processo que conduz à conservação dos vestígios dos seres vivos nas rochas sedimentares. Entre os diversos processos de fossilização destacam-se:

Mumificação – os organismos são conservados inteiros e sem alterações, quando são envolvidos por um meio isolante que evita o contacto com o oxigénio (o âmbar – resina, o gelo ou o alcatrão) (Fig 1).

Moldagem – o organismo ou alguma parte do seu corpo imprime um molde nos sedimentos que o envolvem. Muitas vezes, o organismo desaparece e apenas resiste o molde.

Mineralização – as partes duras podem, em determinadas  circunstâncias, ser preenchidas por minerais transportados em solução que substituem a matéria orgânica, mantendo inalterada a estrutura e a forma do órgão (Fig 2). 

Marcas fósseis – vestígios da atividade dos animais, pegadas, marcas de reptação, ninhos, fezes, entre outros (Fig 3).




Datação Relativa

Numa sequência de estratos, é possível proceder à sua datação relativa, ou seja, à determinação da ordem cronológica da sua formação. Dessa forma, é possível definir um sequência estratigráfica, que representa um registo cronológico da história geológica de dada região. A datação relativa é feita através do recurso a princípios da estratigrafia.

Principio da sobreposição – os estratos da base são mais antigos que os estratos do topo.

Principio da continuidade lateral – se as sequências de deposição forem semelhantes é possível relacionar estratos idênticos de dois locais.

Principio da identidade paleontológica – estratos com os mesmo fósseis, têm a mesma idade.

Principio da horizontalidade – todos os estratos têm uma posição inicial horizontal.

Principio da inclusão – os fragmentos de rocha incorporados num dado estrato são mais antigos que o estrato.

Principio da interseção – um falha/filão é mais recente que os estratos atravessados.


Trabalho elaborado por: Alexandra Amaral, nº1

Rochas Sedimentares

Cerca de 3/4 da Terra são cobertos por rochas sedimentares que revestem partes dos continentes e dos fundos oceânicos. Os sedimentos, precursores das rochas sedimentares, encontram-se na superfície terrestre resultantes de fenómenos de meteorização e erosão de rochas pré-existentes assim como de restos orgânicos. Assim são constituídos maioritariamente por areias, siltes e conchas de organismos. Estes primeiros, formam-se à medida que a meteorização vai fragmentando as rochas da crosta, sendo posteriormente transportados pela erosão.
Processos sedimentares:
A água e o vento são os principais agentes de transporte de sedimentos. Quando estes agentes perdem a capacidade de transportar, devido a uma diminuição da velocidade, ocorre a sedimentação.
Com o continuar da sedimentação, os sedimentos dispostos nos estratos inferiores são compactados (diminuição de volume) e cimentados (precipitação de minerais novos em torno das partículas depositadas, colando-as). Ao conjunto de processos que transformam os sedimentos em rochas sedimentares consolidadas dá-se o nome de diagénese.


Os ambientes sedimentares mais comuns:
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Os sedimentos e as rochas sedimentares são caracterizados pela presença de estratificação - que resulta da formação de camadas paralelas e horizontais, pela deposição contínua de partículas no fundo de um oceano, de um lago, de um rio ou numa superfície continental.
Uma outra caracterísitica das rochas sedimentares é a sua ordenação temporal. Assim numa sequência de estratos que não tenha sido modificada da sua posição original, um estrato é mais antigo do que aquele que está por cima, e mais recente do que o que está por baixo - Princípio da sobreposição.
A estratificação das rochas sedimentares e o príncipio da sobreposição:


É quando se dá a deposição de sedimentos que ocorre o enterramento de organismos que poderão originar fósseis. Nos casos em que ocorre boa preservação das evidências orgânicas, reunem-se geralmente quatro condições:
- enterramento rápido;
- com sedimentos finos;
- em ambiente marinho;
- o organismo contém partes duras.

Trabalho elaborado por:
Beatriz Melo






Classificação das rochas sedimentares

Classificação das rochas sedimentares

As rochas sedimentares, apesar de constituírem apenas uma pequena fração do volume das rochas da crosta, cobrem 75% da superfície dos continentes, facto que se explica atendendo à sua origem superficial.

A grande variedade de rochas sedimentares existente resulta das condições ambientais em que as mesmas se formaram (pressão, temperatura, natureza dos sedimentos, sedimentação e diagénese).

Apesar desta diversidade,  é possível definir em relação à sua origem três grandes tipos de rochas sedimentares:

·       Rochas sedimentares detríticas

São constituídas por sedimentos detríticos, ou seja, clastos constituídos por minerais da rocha original não alterados ou pouco alterados. Estas rochas são classificadas atendendo, sobretudo, ao tamanho dos clastos e ao seu grau de arredondamento e dimensões. Estas podem ser não consolidadas, se os clastos se encontram soltos, ou consolidadas, se os clastos estão ligados por um cimento formado por minerais novos num processo de diagénese.  



·       Rochas sedimentares quimiogénicas

Rochas resultantes de sedimentos químicos em solução. São formadas, essencialmente, por minerais de neoformação resultantes da precipitação de substâncias em solução (calcários de precipitação) ou por evaporação do solvente (água) – evaporitos.



·       Rochas sedimentares biogénicas

Rochas formadas, essencialmente, por sedimentos de origem orgânica, isto é, com origem a partir de restos de seres vivos ou de materiais por eles produzidos resultantes da sua atividade.


Trabalho elaborado por: Alexandra Amaral, nº1

Formação das rochas sedimentares

Principais etapas de formação das rochas sedimentares

As rochas formam-se à superfície, ou próximo dela, e resultam da alteração, desagregação e rearranjo dos constituintes de um rocha-mãe preexistente – sedimentar, metamórfica ou magmática – provocados por fatores físicos, químicos e/ou biológicos.
A formação das rochas sedimentares engloba a sedimentogénese, que consiste na formação, transporte e deposição dos materiais provenientes da rocha-mãe, e a diagénese, responsável pela consolidação dos sedimentos e a sua transformação numa rocha consolidada.

Sedimentogénese

A sedimentogénese compreende as seguintes etapas:

Meteorização – processo de alteração e desagregação da rocha-mãe devido à sua exposição aos fatores ambientais, mas que mantém o material original. A meteorização pode ser mecânica (física) ou química.

·         A meteorização mecânica pode resultar:
Da expansão de fraturas devido à congelação da água retido no seu interior; de dilatações e contrações dos minerais quando submetidos a grandes variações de temperatura; da descompressão resultante da erosão das camadas que recobriam a rocha e da ação mecânica da água, vento e da atividade geológica.

·         A meteorização química consiste na decomposição química da rocha, de tal modo que os minerais originais sofrem alterações, de estrutura atómica e/ou de constituição, que os transformam noutros minerais.
Erosão – consiste na remoção dos fragmentos resultantes da meteorização da rocha-mãe. Os  agentes mais comuns envolvidos neste processo são a água, o vento e os seres vivos, sendo a gravidade um fator também importante neste processo.

Transporte – os fragmentos arrancados pela erosão à rocha-mãe vão sofrer um processo de transporte, durante o qual os sedimentos são separados, de acordo com o seu tamanho, pelo agente transportador. Estes  sofrem uma diminuição do tamanho e um arredondamento das arestas.

Sedimentação – o agente transportador vai perdendo energia e os sedimentos vão-se depositando de acordo com o seu peso e tamanho em camadas sucessivas (estratos).

Diagénese
A diagénese compreende as seguintes etapas:

Compactação – pela compactação, verifica-se uma maior aproximação dos sedimentos. O aumento de pressão, devido à acumulação de mais sedimentos, leva à redução do espaço ocupado pelos poros e à deslocação da água dos interstícios.
Cimentação – agregação dos sedimentos por ação de um “cimento” resultante da precipitação de substâncias químicas dissolvidas na água.

Durante a diagénese, também ocorre, por vezes, a recristalização, verificando-se uma alteração da estrutura cristalina de certos minerais por efeito das condições de pressão, temperatura e composição química do meio envolvente.
Trabalho elaborado por: Alexandra Amaral, nº1

Cheias ou enchente: Madeira

http://youtu.be/MSIO99soiVE

Causas

Na origem do fenómeno esteve um sistema frontal de forte atividade associado a uma depressão que se deslocou a partir dos Açores, segundo o Instituto de Meteorologia. O choque da massa de ar polar com a tropical deu origem a uma superfície frontal, que aliada à elevada temperatura da água do oceano acelerou a condensação, causando uma precipitação extremamente elevada num curto espaço de tempo. A orografia da ilha contribuiu para aumentar os efeitos da catástrofe]. É possível que, aliado a valores de precipitação recorde, erros de planeamento urbanístico, tais como o estreitamento de leitos das ribeiras e a construção legal ou ilegal dentro ou muito próximo dos cursos de água, bem como falta de limpeza e acumulação de lixo nos leitos de ribeiras de menor dimensão tenham tornado a situação ainda mais grave.

Trabalho elaborado por:
Beatriz Melo

Erosão Costeira

egunda-feira, Dezembro 18, 2006


Alguns conceitos sobre Erosão Costeira


Dunas da praia da Quinta do Lago (Algarve)A Erosão Costeira está associada a um fenómeno essencialmente natural – a subida relativa do nível médio do mar (NMM). No entanto, os acontecimentos resultantes da intervenção humana no litoral (deficiência de sedimentos, desmantelamento de dunas e a assimetria na distribuição dos sedimentos devido à acção dos esporões, etc.) aceleram o processo da erosão costeira.

As principais causas para o aumento da erosão costeira são: a diminuição do fluxo de sedimentos transportados pelos rios/ribeiros, pois ficam retidos nas albufeiras das barragens; excessiva exploração de areias nos estuários dos rios; destruição sistemática das dunas litorais, devido ao avanço do NMM, à construção em zona costeira e ao constante pisoteio por parte das populações e veraneantes; Avanço da construção sobre a praia do Forte Novo (Quarteira)modificação sensível do regime de ondulação costeira, pela construção de obras portuárias e de protecção sem um estudo de avaliação do impacto ambiental.
Para minimizar os efeitos da erosão e no sentido de estabilizar a linha de costa, podem ser tomadas diversas medidas.
No que se refere às medidas de carácter mais leve, e por isso, mais amigas do ambiente, passam pela protecção e estabilização das dunas, utilizando vegetação e estruturas de estacas (ver exemplo da praia da Manta Rota e Parque Dunar de Matalascañas) e pela dragagem de areias no alto mar e sua deposição em zona de praia (como ocorreu recentemente em Vale do Lobo). O inconveniente deste tipo de intervenção prende-se com o seu elevado custo, uma vez que precisa de ser repetido periodicamente. Cordão dunar ameaçado
Em termos de estabilização pesada, do qual requerem grandes obras de engenharia, existem estruturas transversais e perpendiculares à costa:
As obras construídas transversalmente à linha da costa, tipo esporão, interrompem o trânsito litoral de areias. Estas acumulam-se contra o esporão, no lado montante (barlamar). Devido a esta retenção de areias, verifica-se um aumento da erosão na zona a jusante da obra, fazendo-se sentir estes efeitos, por vezes, a dezenas de quilómetros do local onde a estrutura foi construída (as praias do Forte Novo, Trafal e Vale do Lobo, praias a jusante do porto e esporões de Quarteira, a praia de Matalascãnas (Andaluzia, Espanha), praia a jusante do Porto de Mazagón, e as praias adjacentes da Costa da Caparica, são exemplo disso).
Como consequência desta realidade, verifica-se a tendência para que estas estruturas se multipliquem, devido à elevada potencialidade de degradação do litoral a As necessárias obras de requalificação da praia da Manta Rota (Algarve)jusante (sotamar).
Quanto às obras longitudinais à costa (paredões, enrocamentos), as consequências negativas não são tão óbvias como as dos esporões. Quando os paredões são construídos ao longo da costa litoral, cujo avanço do NMM está afectar campos dunares, essas estruturas impedem, por si próprias, que uma importante fonte de areias possibilite a evolução natural desse litoral. Sem esta reserva natural de areias que era constituída pelas dunas, a praia frontal ao paredão torna-se menos densa e mais sensível à erosão, principalmente durante as marés vivas de Inverno, ocorrendo assim, com frequência, investidas do mar sobre os campos dunares. (ver fotos).
Existem ainda as obras de protecção não aderentes, destacadas (tipo quebra-mares). Estas não têm sido muito utilizadas no nosso país. Os quebra-mares são construídos em mar aberto e têm como função diminuir a força erosiva das ondas, de modo a que a linha de costa não esteja tão exposta à sua acção. Na praia de Vale do Lobo (Algarve), Van Gelder pretende construir uma ilha, a Nautilus Island, que para além de mais um projecto turístico terá a finalidade de proteger a praia de Vale do Lobo e respectivas edificações que se encontram no topo das arribas. Este será um tema a tratar isoladamente noutro artigo.
Factores de Vulnerabilidade Dunar:
As dunas são corpos dinâmicos com capacidade de reagir às diversas pressões excercidas. No entanto, quando as estas são muito elevadas ou de carácter prolongado, o sistema pode atingir estados de degradação irreversíveis. Existem uma série de factores que, isoladamente ou em conjunto, contribuem decisivamente para a ocorrência de degradação dunar:
- A pressão antrópica sobre o corpo dunar;
- A exploração de areias, na praia e campos dunares, é co-responsável pelo desequilíbrio do balanço sedimentar;
- O excessivo pisoteio e pressão de veraneantes conduzem à degradação da vegetação tornando o sistema mais frágil;
- A ocupação dos sistemas com os mais diversos tipos de estruturas, como casas, hotéis, urbanizações, apoios de praia, parques de estacionamento, etc, são factores que conduzem à mais rápida degradação dos cordões dunares. A existência destas estruturas impede as trocas sedimentares com a praia e afecta toda a dinâmica litoral. Além disso, tais estruturas, promovem um aumento do número de visitantes e banhistas com a consequente degradação da vegetação, tornando-se estes locais insustentáveis.
Trabalho elaborado por:
Beatriz Melo

Ocupação antrópica e problemas de ordenamento

Notícia

Estrutura ruiu em 2001
Perito afirma que ponte de Entre-os-Rios estava em risco desde 1982
24.05.2006 - 17h08 Lusa / PÚBLICO.PT
Manuel Roberto/PÚBLICO (arquivo)

A ponte ruiu a 4 de Março de 2001 devido à cedência do pilar P4
Um perito do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) afirmou hoje em tribunal que a ponte de Entre-os-Rios, que ruiu em 2001, poderia ter caído 19 anos antes num cenário de cheias no Douro.

"Desde 1982 que a ponte podia ter caído a todo o momento. Isto é uma certeza inabalável", afirmou Soromenho Rocha, investigador-coordenador do Departamento de Hidraúlica e Ambiente do LNEC, perante o tribunal de Castelo de Paiva.

A ponte ruiu a 4 de Março de 2001 devido à cedência do pilar P4, após cinco grandes cheias no Douro, num acidente que matou 59 ocupantes de um autocarro e de três automóveis.

"Sabendo-se que havia apenas oito metros de areia em volta do pilar era preciso verificar se isso era seguro ou não", disse ainda o especialista do LNEC.

Respondendo à juíza-presidente, Teresa Silva, Soromenho Rocha assegurou que a engenharia poderia ter recorrido a, "pelo menos", dez fórmulas para calcular se o pilar P4 corria o risco de ruir. Admitiu, contudo, que nem todos os engenheiros de pontes teriam conhecimentos nessa área específica.

Soromenho Rocha integrou o grupo responsável pelo segundo relatório pericial sobre as causas do colapso da ponte, juntamente com os professores da Universidade de Coimbra Luís Leal Lemos, Vítor Dias da Silva, Carlos Rebelo e José Antunes do Carmo.

No seu relatório pericial, concluído em 2004, estes cinco especialistas revelaram divergências face às conclusões evidenciadas em idêntico documento, preparado três anos antes, logo após a queda da ponte, por especialistas da Faculdade de Engenharia do Porto.

Na avaliação do investigador-coordenador do LNEC e dos quatro catedráticos de Coimbra, o colapso da ponte está associado à extracção de areias na zona, que provocaram uma erosão localizada.

Já os peritos do Porto - Raimundo Delgado (especialista em estruturas), Veloso Gomes (Hidráulica e Morfologia) e Silva Cardoso (Geotecnica) - defenderam que o colapso do pilar P4 ficou a dever-se à erosão generalizada no leito do rio, agravada pelas anormais cheias desse ano.

A divergência foi mantida hoje perante o colectivo de juízes de Castelo de Paiva reunido no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Castelo de Paiva.

"Tenho as maiores dúvidas sobre se foi a erosão localizada que provocou a queda da ponte", disse o perito do Porto Raimundo Delgado.

"Se a causa fosse só erosão generalizada, o pilar teria caído para o lado contrário", contrapôs Soromenho Rocha.

Num julgamento iniciado a 19 de Abril, o Tribunal de Castelo de Paiva avalia a alegada responsabilidade criminal de seis técnicos na queda da ponte de Entre-os-Rios.

Segundo a acusação, os seis técnicos negligenciaram as suas funções, "não adoptando as condutas necessárias para impedirem a criação de perigo para a segurança e a vida de qualquer pessoa que circulasse na ponte".

O tribunal ordenou já a anexação ao processo da sindicância feita à ex-JAE, em 1998, por ordem do então ministro João Cravinho, que detectou um funcionamento anómalo daquela entidade.


Bacias Hidrográficas

Os rios são correntes de água superficiais cuja velocidade e área que cobrem (leito) variam com o regime das chuvas. O leito de cheia ocorre em situações de forte precipitação.
O rio principal com os seus afluentes e subafluentes formam a rede hidrográfica e a área drenada por esta rede constitui a bacia hidrográfica.
A atividade geológica de um rio compreende: a erosão, o transporte e a deposição de sedimentos. A ação erosiva é maior junto à nascente, onde os desníveis são maiores e o fluxo de água é maior. O transporte ocorre ao longo de todo o perfil longitudinal. A deposição acontece em maior escala, em troços de menor energia das águas, com a proximidade da foz.

Um dos factores de risco e consequência
  • Remoção de inertes do fundo (areias), com consequente alteração da dinâmica das correntes fluviais. Este fenómeno poderá provocar a erosão da base dos pilares e de pontes e, eventualmente, a sua queda. (fig.2)
Fig.2 Extração de areias, apontada como principal causa da queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios


Trabalho Elaborado por: Alexandra Amaral, nº1

 

Categorias taxonómicas

 O que é a Taxonomia?
A Taxonomia é a ciência que se ocupa da classificação dos seres vivos, utilizando um sistema uniforme que expressa, da forma mais fiel, o grau de semelhança entre eles.
Carl Lineu ficou conhecido como o “pai da Taxonomia”.
Considerou a espécie como a unidade básica de classificação. Segundo ele, as espécies semelhantes agrupam-se em géneros, os géneros em famílias, as famílias em ordens, e as ordens em classes. -> sistema hierárquico de classificação
Categorias taxonímicas (taxon):
· Reino       mais abrangente
· Filo
· Classe
· Ordem
· Família
· Género
· Espécie     menos abrangente
Categorias intermédias: usam-se prefixos como super, sub e infra.

Espécie representa um grupo natural constituído pelo conjunto de indivíduos com o mesmo fundo genético, morfologicamente semelhantes, que podem cruzar-se entre si originando descendentes férteis.

Borboleta-Monarca 

A borboleta-monarca (Danaus plexippus) é uma borboleta da família dos ninfalídeos, da subfamília dos danaíneos, de ampla distribuição nas Américas. Tais borboletas têm cerca de 70 mm de envergadura, asas laranjas com listras pretas e marcas brancas.
Há indícios de que a espécie poderá estar colonizando o sul de Portugal.

                                     Taxonomia



Fig.1 Borboleta-Monarca












Trabalho Elaborado por:
Beatriz Melo

Vida De Darwin

 Charles Darwin (1809 – 1882) nasceu em 12 de fevereiro de 1809, o quinto de seis irmãos, na família de um bem sucedido médico de interior. 
Fig.1 Charles Darwin


Escola e Universidade
Charles frequentou a Escola de Shrewsbury desde os nove anos. Aos dezesseis anos, esforçando-se para agradar ao pai, Charles iniciou os estudos de medicina na Universidade de Edinburgh e posteriormente, dedicou-se à Teologia, em Cambridge.
Não estava porém destinado o ser médico. Em ambas as universidades distinguiu-se sobretudo em ciências naturais, área em que nunca se matriculara oficialmente.

  A Grande Oportunidade
Depois de uma expedição geológica pelo Norte do País de Gales, Charles retornou ao lar, e encontrou à sua espera uma carta de John S. Henslow, professor de botânica em Cambridge. Nesta carta, Henslow informava-lhe que o havia recomendado como a pessoa mais qualificada que conhecia para o cargo de naturalista na expedição do "Beagle"                           
                                                                 
fig. 2 BEAGLE
 A Viagem
Apesar da natureza pacífica de sua missão, o retorno do "Beagle" à Inglaterra com segurança não estava assegurado. O risco do encalhe nas águas costeiras pouco conhecidas da América do Sul era profundo. Em terra, o viajante corria o risco do levar um tiro ou ser esfaqueado pelos revolucionários ou pelos indígena, rebeldes, duvido ao descontentamento político que pairava no ar, mais do que nunca, como rescaldo das guerras de independência. E o rigor da pesquisa exigia que o ‘Beagle’ velejasse por toda a extensão da costa sul-americana, retornando repetidamente aos mesmos portos. O projeto ofereceu a Darwin oportunidades para explorar, a pé ou a cavalo, sozinho ou na companhia de guias, algumas das regiões mais selvagens do mundo. Ele enviou vários engradados repletos de plantas, insetos, conchas, pedras e fósseis para a Inglaterra, e suas cartas para Henslow provocaram tanto interesse nos meios científicos que alguns extratos chegaram a ser publicados pela Sociedade Filosófica de Cambridge, em 1835. Darwin cita, na sua autobiografia, que sua coleção de fósseis também "despertou muita atenção entre paleontologistas".

O Arquipélago de Galápagos
No período de 16 de setembro a 20 de outubro de 1835, Darwin explorou o arquipélago de Galápagos. Encontrou fauna e flora sem termo de comparação com outras regiões, e que variavam de ilha para ilha. "Nunca pudera imaginar que estas ilhas, distando entre si cinqüenta ou sessenta milhas, e a maioria visível das demais,  formadas exatamente das. mesmas rochas, submetidas a um clima bem similar, com quase a mesma altitude, pudessem ser tão
diferentemente povoadas"
Fig. 3Mapa da viagem de Darwin

A Origem das Espécies
Darwin não perdeu mais tempo com hesitações acadêmicas. Em julho de 1858 iniciou um trabalho para a Sociedade Linnean que veio a constituir A Origem das Espécies, publicado no ano seguinte por John Murray. Marcou história, expondo o mecanismo básico da evolução: a seleção natural.
Darwin havia acumulado tantos fatos para fundamentar sua teoria que seus argumentos eram difíceis de refutar. Mas a implicação de que todos os seres vivos descendem de um ancestral comum insere o Homem no esquema evolutivo, dando início a uma das maiores controvérsias científicas, e cujos efeitos se fazer sentir até os nossos dias.

Darwin viveu o suficiente para ver sua teoria da evolução ganhar aceitação geral. É de Huxley a queixa irônica de que "será um mundo monótono. As idéias que os homens desprezavam há 25 anos logo serão ensinadas nos livros escolares". No dia 19 de abril de 1882 Darwin faleceu em Down, e foi sepultado próximo à tumba de Isaac Newton, na Abadia de Westminster. Huxley, Hooker e Wallace carregaram seu caixão. A sua maior realização foi ter lançado as bases da biologia moderna.


Fig. 4 Livro "Origem das Espécies"

Trebalho elaborado por:                                                                               
Beatriz Melo