segunda-feira, 4 de junho de 2012

Energia Eólica



30-05-2012

António Sá da Costa: «Renováveis não são a causa de todo o mal»


Mostrar à população portuguesa a vantagem das energias renováveis foi o mote para a campanha que a Apren - Associação de Energias Renováveis encetou e que estará nos meios de comunicação até ao Verão. Tudo começou com uma carta publicada num jornal diário ao ministro das Finanças, depois outra à ministra do Ambiente. Agora a Apren lançou a primeira campanha de publicidade nas redes sociais, com um vídeo sobre sustentabilidade financeira do sector, com um elevado «cariz pedagógico». Em breve será anunciado outro sobre as vantagens ambientais das renováveis.

«Não estamos a pedir nada, nem nos estamos a queixar de nada. Só queremos mostrar que não somos os maus da fita, como parece estar a ser veículado nos últimos tempos», esclarece António Sá da Costa, presidente da Apren. A grande questão é que «não há rendas excessivas», nem as renováveis são «a causa de todo o mal», uma vez que a electricidade representa 25 por cento da energia consumida pelo país e dessa fatia, um quarto é produzido por fontes renováveis. Por outro lado, a terminologia "renda" induz o pagamento de um montante de forma contínua e uniforme, o que não acontece com as renováveis: «os produtores são pagos unicamente pelo que produzem».

Sobre as negociações em curso com a tutela, para a remuneração dos contratos já estabelecidos, Sá da Costa limita-se a lembrar que os governantes já reiteraram que «os contratos firmados não estão em causa», pelo que as negociações em curso só terão efeitos quanto o prazo dos contratos terminar. Daí que seja «complicado» e «difícil» estimar o alcance real dos cortes pretendidos, como o Governo tem vindo a fazer, argumenta o representante do sector.


Energia Eólica
A energia eólica representa o aproveitamento da energia cinética contida no vento para produzir energia mecânica (a rotação das pás) que pode a seguir ser transformada em energia eléctrica por um gerador eléctrico.
O vento é utilizado há milhares de anos para responder às necessidades energéticas da actividade humana, por exemplo para propulsar meios de transporte (barcos à vela), bombear água ou permitir o funcionamento de actividades industriais, como era o caso dos moinhos de vento ainda visíveis no cume de muitos montes portugueses.
Como a maior parte das fontes de energia renovável (excepto a energia geotérmica), a energia eólica é uma forma de energia solar: tem origem no aquecimento da atmosfera pelo sol, que põe em movimento as massas de ar. A rotação da terra, a forma e cobertura da superfície terrestre e os planos de água, influenciam por seu turno o regime dos ventos, ou seja, a velocidade, direcção e variabilidade do vento num determinado lugar.
Hoje em dia, a energia eólica é cada vez mais utilizada para produzir electricidade, seja para utilização local descentralizada, por exemplo em lugares isolados, seja em grandes “parques eólicos” constituídos por vários aerogeradores ligados à rede eléctrica.

Vantagens da Energia Eólica



Os aerogeradores modernos constituem modos eficientes de produção de electricidade, convertendo com elevada eficiência um recurso totalmente renovável, o vento, em electricidade de grande qualidade: os modelos recentes como o E-82 da Enercon permitem ajustar muito precisamente as características da corrente e da tensão que são fornecidas às necessidades da rede eléctrica.

A energia eólica produz electricidade a um custo conhecido, que não depende das variações futuras do preço dos hidrocarbonetos.


A energia eólica é uma fonte de energia descentralizada que cria actividade económica e empregos em zonas rurais e em maior quantidade por MW, do que as formas mais centralizadas de produção de electricidade.

O funcionamento de uma turbina eólica não produz nem emissões tóxicas ou poluentes nem lixo e permite a continuação de actividades (por exemplo agrícolas) no terreno envolvente; mesmo quando se considera todo o ciclo de vida de uma central eléctrica (construção, exploração, desmantelamento), a energia eólica é, de longe, a fonte com o menor impacte ambiental, nomeadamente em termos de emissões de gases com efeito de estufa, responsáveis pelas alterações climáticas.

 

Inconvenientes da Energia Eólica

O maior inconveniente da energia eólica, tal como da energia solar, é óbvio: é a sua intermitência. O vento não sopra sempre à mesma velocidade e não sopra sempre quando a procura de electricidade é maior.

Mas para assegurar a utilização optimizada do recurso eólico em grandes quantidades, três factores vão ter um papel relevante, que o concurso eólico incentiva e que a ENEOP está a pôr em prática:

Sistemas de gestão em tempo real dos parques eólicos para trabalhar eficazmente com as outras fontes disponíveis;

Modelos de previsão ainda mais precisos e fiáveis, de modo a antecipar os regimes de ventos nas horas e nos dias seguintes;

Sistemas de armazenamento de energia, de modo a poder guardar o eventual excesso de energia eólica para usá-lo mais tarde; no entanto, a energia eléctrica não se pode armazenar como tal, e os sistemas químicos de armazenamento (baterias) são demasiado caros e volumosos como para servir à escala do sistema eléctrico nacional. Actualmente, o melhor sistema de armazenamento a grande escala é a utilização de barragens reversíveis, que podem bombear água para cima quando por exemplo há muito vento, e depois aproveitar esta água nas suas próprias turbinas hidroeléctricas para produzir electricidade.



Trabalho elaborado por:Beatriz Melo nº4

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Tipos de Aquíferos

Reservatórios de água subterrânea - aquíferos

Através de técnicas apropriadas pode-se ter acesso à água que circula subterraneamente. Chama-se aquífero a uma formação geológica subterrânea que permite a circulação e o armazenamento de água nos seus espaços vazios, permitindo normalmente o aproveitamento desse líquido pelo ser humano de forma economicamente rentável e sem impactes ambientais negativos. São as águas que precipitam sobre a superfície da Terra que se infiltram no solo por acção da gravidade e originam as água subterrâneas. Estas águas podem ser armazenadas em dois tipos de aquíferos: aquíferos livres e aquíferos confinados ou cativos.Aquífero livre:
Os aquíferos livres podem ser superficiais ou subsuperficiais o que não só facilita a sua exploração e recarga como também a sua contaminação.

Aquífero cativo ou confinado:

Nos aquíferos é possível distinguirem-se as seguintes zonas:

Nível hidrostático ou freático: profundidade a partir da qual aparece água (corresponde ao nível atingido pela água nos poços). Num aquífero livre o nível freático corresponderá ao limite superior do aquífero, uma vez que a água está à mesma pressão que a pressão atmosférica. Esta zona é variável de região para região e na mesma região varia ao longo do ano.
Zona de aeração: localiza-se entre a superfície topográfica e o nível freático. Nesta zona, os poros entre as partículas do solo ou das rochas são ocupados por gases (ar e vapor de água) e por água. A água desta zona é utilizada pelas raízes das plantas ou pode contribuir para o aumento das reservas de água subterrânea.

Zona de saturação: tem como limite superior o nível freático e como base uma camada impermeável. Nesta zona, todos os poros da rocha estão completamente preenchidos por água.
As zonas de aeração e de saturação existem num aquífero livre.

Em ambos os aquíferos há a zona de recarga, zona onde ocorre a infiltração da água, embora seja localizada de forma diferente em cada um dos aquíferos.
A captação das água subterrâneas pode ser feita nos dois tipos de aquíferos através de furos (captações) realizados por empresas especializadas em hidrogeologia. Num aquífero livre capta-se água através de poços. Num aquífero cativo, dado que a água se encontra a uma pressão superior à pressão atmosférica, a água subirá até ao nível hidrostático, designando-se captação artesiana. Pode acontecer a captação ser feita num local onde o nível hidrostático ultrapassa o nível topográfico e, nesse caso, a água extravasa naturalmente a boca da captação. Neste caso a captação designa-se de
captação artesiana repuxante.


Características dos aquíferos:

Porosidade: é a percentagem do volume total da rocha ou dos sedimentos que é ocupado por espaçoes vazios, ou poros. Esta característica constitui a capacidade da rocha em armazenar água, ou seja, é a medida da saturação da rocha. Rochas sedimentares, como conglomerados e arenitos, têm poros entre os grãos de minerais, pelo que podem armazenar uma quantidade apreciável de água. Ao contrário das rochas cristalinas, que não têm poros entre os grãos de minerais, mas podem armazenar água em fracturas.

Permeabilidade: é o parâmetro que se relaciona com o movimento da água no aquífero, ou seja, é a capacidade de as rochas transmitirem fluidos através dos poros ou fracturas. As rochas permeáveis deixam-se atravessar facilmente pela água. A permeabilidade das rochas está relacionada com as dimensões dos poros e com a forma como se estabelece a comunicação entre eles.
Um bom aquífero é simultaneamente poroso e permeável, o que lhe permite armazenar e libertar a água. Exemplos de bons aquíferos são as areais, os cascalhos, os arenitos, os conglomerados e os calcários fracturados.




Trabalho elaborado por:
Alexandra Amaral, nº1